Café da manhã do Instituto Brasil Logística, do qual a ATP faz parte, discutiu gargalos e prioridades no setor de infraestrutura, logística e transporte
A parceria entre governo e iniciativa privada para priorizar as demandas de infraestrutura foi um dos principais pontos discutidos entre parlamentares e autoridades durante o café da manhã promovido pelo Instituto Brasil Logística (IBL) nesta quarta-feira (5/12), no Senado Federal, em Brasília. O evento, que lançou a Agenda Positiva da Logística 2019, contou com a participação do diretor-presidente da Associação de Terminais Portuários Privados (ATP), Murillo Barbosa.
“Precisamos de um ambiente institucional com regras claras e estáveis para garantir segurança aos investidores nacionais e internacionais”, avaliou o senador Wellington Fagundes (PR-MT), que preside a Frente Parlamentar de Logística de Transportes e Armazenagem (Frenlog). Ele falou sobre a importância de uma matriz logística multimodal e defendeu a eliminação de gargalos logísticos para que a produção do agronegócio chegue, principalmente, aos portos da região Norte.
Para o presidente da Frenlog, um dos desafios da infraestrutura no país é a conclusão das obras da BR 163 que liga a divisa de Mato Grosso até Miritituba (PA). “A saída para o Norte é um dos grandes sonhos dos produtores da região Centro-Oeste. Já houve um aumento de 28% das exportações pela região Norte e faltam apenas 56 quilômetros para conclusão das obras da BR 163”, anunciou o senador.
O ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Valter Silveira, destacou a importância dos investimentos privados e da parceria com o setor produtivo para priorizar demandas de infraestrutura. Fez um balanço de sua gestão ressaltando a aplicação de recursos do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) em eixos estruturantes para o transporte de cargas, o investimento na viabilização de hidrovias e o lançamento de editais para concessão de portos, aeroportos e ferrovias.
“Conseguimos contratar o derrocamento do Pedral do Lourenço (PA) para permitir a navegação pelo Rio Tocantins de Marabá até Vila do Conde”, comemorou o ministro. Segundo ele, os estudos ambientais para obtenção das licenças já foram entregues ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Ele disse ainda que a equipe do novo governo pretende dar continuidade aos projetos e enxerga a importância da parceria com o setor privado.
Já o diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Mario Povia, criticou o que chamou de “respostas lentas de licenciamento ambiental” para os empreendimentos. Disse que o desafio brasileiro é vencer longas distâncias com logística eficiente e mais investimentos em cabotagem, hidrovias e ferrovias. “Precisamos de objetividade e celeridade na análise de novos empreendimentos”, resumiu.
Visita ao ministro de Infraestrutura
Logo após o café da manhã, uma comitiva formada por representantes de entidades, entre eles, o diretor-presidente da Associação de Terminais Portuários Privados (ATP), foi recebida pelo futuro ministro de Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, no gabinete da equipe de transição.
Ao saudar o novo ministro pela indicação e desejar sucesso em sua trajetória, o presidente da ATP destacou que após o momento de estruturação do ministério, que recebeu novas atribuições e competências, irá apresentar, em momento oportuno, as demandas e os pleitos do setor portuário privado. “Temos uma perspectiva otimista de diálogo com a equipe do novo governo”, declarou Murillo Barbosa.
Joana Wightman
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