Portos privados podem duplicar sua contribuição para o desenvolvimento nacional. Mas, para isso, o novo governo deverá superar burocracias e uma infraestrutura logística defasada em R$ 1 trilhão
Menos burocracia, desenvolvimento em dobro
Murillo Barbosa*
A partir de janeiro de 2019, o novo governo federal assumirá o manche de um país ainda em crise. As equipes econômicas e de planejamento, montadas pelo presidente eleito Jair Bolsonaro, deverão enfrentar os desafios para estabilizar orçamentos e estabelecer uma gestão que atenda as demandas sociais e também dos setores produtivos e de infraestrutura. A expectativa é de ampliação da participação do setor privado. Na área logística, as empresas portuárias privadas aguardam medidas positivas que possam diminuir os entraves para os empreendimentos. Na avaliação de gestores do setor, sem o atual estrangulamento burocrático e logístico, os portos privados poderiam duplicar os investimentos, gerando ainda mais impostos e mais empregos.
Responsáveis por 60% da movimentação nacional de cargas, os terminais de uso privado (TUP) são administrados por empresas que prestam este serviço, com recursos financeiros e em instalações próprias. Em busca da competitividade para o produto brasileiro, os terminais privados investem em modernização, expansão de suas estruturas e na capacitação de mão de obra, absorvendo, inclusive, os riscos inerentes a cada operação.
A resistência...