Diminuir os custos logísticos e facilitar a chegada de cargas aos terminais portuários por meio de investimentos na malha ferroviária do País estão entre as prioridades do governo para este ano. O ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Valter Casimiro, anunciou nesta quinta-feira (3/5) em evento do setor que a meta para 2018 é agilizar a antecipação da renovação das concessões e licitar novos trechos ferroviários.
Entre as prioridades, citou a Ferrovia Norte-Sul, a Ferrogrão (que vai ligar as regiões Centro-Oeste e Norte) e a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol). “O salto de qualidade só se viabiliza com parcerias com o setor privado”, destacou o ministro. Segundo ele, as concessões estão na pauta do governo para o setor de transportes e irão gerar investimentos de cerca de R$ 25 bilhões nos próximos anos.
“O Brasil precisa de investimentos em infraestrutura e da ampliação da capacidade da malha ferroviária para aumentar o transporte de cargas por esse modal e diminuir os custos logísticos no escoamento da produção”, avalia o diretor-presidente da Associação de Terminais Portuários Privados (ATP), Murillo Barbosa.
Ele também participou do evento Brasil nos Trilhos, promovido pela Agência Nacional de Transportadores Ferroviários (ANTF), e que contou com presença do ministro dos Transportes, de diretores de agências reguladoras e representantes da Secretaria do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI).
Para o coordenador de projetos da Secretaria do PPI, Tarcísio de Freitas, a prorrogação da antecipação das concessões e os novos trechos vão gerar um “boom de investimentos sem precedentes no País”. “Existe planejamento para gerar eficiência no segmento. O Brasil precisa de ferrovias, de mais investimentos e de modernização nos contratos para corrigir distorções”, apontou o diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Mario Rodrigues.
Já o diretor-executivo da ANTF, Fernando Paes, destacou que nos últimos 25 anos houve um aumento de 100% no volume de cargas transportadas pelas ferrovias do País. “O caminho é o investimento pesado em ferrovias e no transporte aquaviário”, aposta. Na opinião do diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Mario Povia, a infraestrutura de transportes não pode ser planejada de forma fragmentada. “A navegação e o transporte aquaviário são um elo da cadeia logística”, destacou.
Joana Wightman
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