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    ATP traz análises e propostas de infraestrutura para o novo governo

    Especialistas nacionais e internacionais discutiram ações para os portos e logística brasileira durante o 5º Encontro ATP em Brasília

    atp participa de debate que discute os novos rumos da infraestrutura

    A Associação de Terminais Portuários Privados (ATP) trouxe um debate inédito que promete influenciar nas decisões de infraestrutura do novo governo, que tomará posse no próximo ano. Exatos dez dias após a eleição do novo presidente da República, Jair Bolsonaro, representantes, públicos e privados, das áreas portuária, de infraestrutura e logística do Brasil e do exterior discutiram estudos e análises que possam contribuir para as futuras políticas públicas.

    O 5° Encontro ATP, realizado na última quinta-feira (8/11), em Brasília, promoveu um debate com críticas, pontos de vista e propostas técnicas feitas por especialistas, além de um balanço dos últimos anos da gestão do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil apresentado pelo secretário-executivo da Pasta, Herbert Drummond.

    Para o diretor-presidente da ATP, Murillo Barbosa, o tema do evento “2019: o início de um novo ciclo - Perspectivas econômicas e desafios para a infraestrutura brasileira” veio em momento propício para agregar ideias e projetos que possam diminuir os gargalos e fortalecer a infraestrutura brasileira.

    Na ocasião, o secretário-executivo do MTPA fez uma avaliação das entregas realizadas pelo governo, relativas à matriz logística, e apontou como exitosas as iniciativas do Programa de Parceria de Investimento (PPI). “Desde o início do PPI, houve um esforço do governo para estreitar a relação entre o Estado e a iniciativa privada para avançar, a cada dia mais, na modernização da infraestrutura nacional, em busca do o crescimento saudável e competitivo”, afirmou Drummond.

    A professora e pesquisadora britânica Mahrukh Doctor, da Universidade de Hull, destacou as fragilidades jurídicas ainda presentes no setor portuário brasileiro, ressaltando que, apesar do Decreto dos Portos de 2017, a agenda para a modernização da infraestrutura ainda não está completa.

    O papel dos portos no Brasil e os reflexos no mercado internacional foram abordados pelo engenheiro de Transportes do Banco Mundial, Gregoire Gauthier. O especialista fez um panorama da atuação dos portos brasileiros e os posicionou como vetores para a geração de empregos e para o desenvolvimento social de cidades, estados e regiões inteiras.

    Já o professor Paulo Resende, diretor-executivo do Núcleo de Logística, Supply Chain e Infraestrutura da Fundação Dom Cabral, afirmou que é possível recuperar a infraestrutura do país até 2035 e ofereceu como alternativa a intervenção de 70% por meio do setor privado. “Com intervenções do setor privado de R$ 300 bilhões, em cinco anos, será suficiente para criar um momento de aceleração de investimentos que poderá colocar o Brasil em um patamar superior de infraestrutura”.

    DEBATE – Logo após as palestras, houve espaço para o debate com o público de mais de 200 convidados. Mediados pelo jornalista especializado em Infraestrutura, Dimmi Amora, os especialistas discutiram suas análises sobre o cenário atual e também apontaram questões técnicas e políticas como gargalos que vão além dos problemas estruturais da matriz logística do país.

    O professor Paulo Resende destacou a necessidade de desburocratização e de mais atenção à participação dos terminais de uso privado (TUP) na logística brasileira. “Desburocratizar o Brasil é uma obrigação. Tenho certeza absoluta de quem defende a transparência, a ética e a disciplina não concordam com a burocracia que hoje predomina. Neste sentido, nós defendemos a total liberdade e rapidez na inserção dos TUPs nos corredores multimodais que deverão estar presentes na malha logística brasileira”, concluiu.

    Após os debates, os participantes foram convidados para um coquetel de comemoração os cinco anos de atuação da ATP. A associação foi criada em 2013 com a missão de representar os Terminais de Uso Privado (TUPs), garantindo o desenvolvimento e um ambiente favorável ao investimento e à competitividade do setor. Representa atualmente 26 empresas e um total de 55 terminais de uso privado do País (TUPs). As empresas que fazem parte da ATP respondem por cerca de 60% da movimentação de cargas marítimas brasileiras e são responsáveis pela geração de cerca de 47 mil empregos diretos e indiretos.

     

    Joana Wightman
    Coordenação de Comunicação ATP
    Contatos: (61) 3032-1931 / 3201-0880 / 98483-5503
    comunicacao@portosprivados.org.br

    Publicado em 16/11/2018
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