O diretor-presidente da Associação de Terminais Portuários Privados (ATP), Murillo Barbosa, e o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, participarão de missão de cinco dias destinada a visitar os terminais portuários na Bélgica, a partir desta segunda-feira (22). Eles analisarão o padrão de gestão dos portos belgas, que tem flexibilidade de administração muito semelhante à de um porto privado, ao lado do diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Eduardo Nery, e de outros executivos do segmento.
Liderada pela ATP, a comitiva, com 39 participantes, visitará o Porto de Antuérpia, um dos maiores da Europa; o Porto de Ghent, um dos maiores portos fluviais do continente; e o Porto de Zeebrugges, importante centro de transporte e logística para cargas; entre outros locais. Representantes de 16 empresas associadas à entidade também compõem o grupo.
“A escolha dos portos belgas possui duas justificativas centrais. A primeira é a parceria do porto da Antuérpia com o Porto do Açu, o que facilitou a organização da viagem. A segunda é o padrão de gestão dos portos belgas que, embora adotem o modelo Landlord, têm uma flexibilidade de gestão muito semelhante à de um porto privado”, ressaltou o presidente da ATP. Ele destacou que a Missão ATP Bélgica é uma das atividades que celebram os 10 anos da associação.
O LandLord Port é um modelo de gestão portuária em que a infraestrutura do porto é provida pelo Estado, e o setor privado fica responsável pelo fornecimento de superestrutura e pela realização das operações portuárias, por meio de arrendamentos (concessões).
Também integram a missão os diretores da Antaq Alber Furtado, Caio César Farias Leôncio e Wilson Lima e o diretor de Relações Institucionais da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), Valter Souza.
ATP
Sediada em Brasília, a ATP foi criada em 24 de outubro de 2013 para representar os interesses e atuar em defesa do segmento portuário privado e na modernização dos portos brasileiros. A associação representa 31 empresas de grande porte e congrega 54 Terminais de Uso Privado (TUPs) do país. As empresas associadas, juntas, movimentam mais de 60% da carga portuária brasileira e respondem pela geração de 47 mil empregos diretos e indiretos.