Evento contou com as principais autoridades do setor portuário
A ATP comemorou seus dois anos de existência, no dia 27/10, em Brasília, com um debate entre associados e as principais autoridades governamentais e do setor portuáriobrasileiro. Na abertura do 2º Encontro da ATP, que aconteceu no Clube Naval, estiveram presentes o ministro da Secretaria Especial de Portos, Hélder Barbalho, e a presidente do IBAMA, Marilene de Oliveira Ramos. Com o tema “Eficiência e Produtividade dos Terminais Privados”, a ATP pediu às autoridades presentes agilidade nos processos para que os investidores possam ajudar o país a crescer e gerar renda para a economia já que não falta capital para investimento.
Ao ser provocada sobre a morosidade na liberação das licenças ambientais, a presidente do IBAMA reconheceu que há o que melhorar nos processos. “Eu não quero falar em rapidez, mas em previsibilidade. Ao invés de falar em agilização, queremos falar de racionalização. Temos muita coisa que é meramente burocracia, que não traz ganho ambiental. Queremos eliminar esses processos.
Não há dúvida de que um porto é um fundamental serviço que move significativamente a economia do país”, afirmou Marilene Ramos.
O ministro Hélder Barbalho demonstrou disponibilidade em apoiar o setor. “Temos a obrigação de buscar um cenário de tranquilidade e segurança jurídica. Estejam certos da nossa absoluta abertura para a construção plena daquilo que os senhores desejam. Contem com o nosso compromisso, com a agilidade e a construção de um ambiente mais adequado para isso”, garantiu Barbalho.
Após a abertura, o diretor-presidente da ATP e também moderador do debate, Murillo Barbosa, deu início ao tema proposto, fazendo uma apresentação que mostrou o histórico da privatização dos portos e o cenário atual. A palavra foi passada para o presidente da Associação do Comércio Exterior no Brasil, José Augusto de Castro. Ele afirmou que o Brasil é um exportador de peso nos dois sentidos da palavra e reforçou que se no setor público os recursos estão escassos, já o setor privado tem dinheiro para investir.
Também tiveram a palavra o diretor-substituto da Secretaria de Patrimônio da União (SPU), André Nunes; o diretor-geral da ANTAQ, Mario Povia; o diretor de Licenciamento Ambiental do IBAMA, Thomaz Miazaki e o Secretário de Políticas Portuárias da SEP, Fábio Lavor.
A plateia participou ativamente, direcionando perguntas aos componentes da mesa. Questionado sobre a função regulatória da ANTAQ, o diretor-geral da agência, Mario Povia, se defendeu. “Nós temos um ativo muito bom que é o diálogo com a sociedade. Conversamos com o governo, com o Congresso Nacional, com o usuário, os trabalhadores e os empreendedores do setor portuário. O que queremos oferecer aos senhores é estabilidade regulatória”, afirmou.
Os participantes saíram do debate esperançosos e satisfeitos. “Uma instituição tão jovem, fazendo dois anos, já conseguir mobilizar as principais autoridades portuárias e as demais autoridades que estão relacionadas ao processo é um fato digno de louvor”, elogiou Coronel Romero, do Terminal Portuário Cotegipe em Salvador/BA.
Para o diretor-presidente da ATP, Murillo Barbosa, entre o evento deste ano e o do ano passado houve uma evolução significativa. “A qualidade do público e dos debatedores desse ano foi muito melhor. Esse ano já tínhamos consciência do que nós queríamos. Procuramos as pessoas certas e trouxemos para cá”, avaliou Barbosa.
Fábio Brasileiro, executivo da Vale e presidente do Conselho Diretor da ATP, esteve presente no primeiro encontro e também reconheceu essa evolução. “Foi um encontro que refletiu muito bem os anseios do setor na questão de produtividade e de eficiência do setor portuário do Brasil num momento difícil onde nós da cadeia produtiva e do setor privado podemos estar contribuindo com o crescimento do país. Agora o momento é de focar no resultado. Precisamos de resultados que coloquem o Brasil numa posição mais competitiva em relação ao mercado internacional”, avaliou.
Para Marcelo Schröder, da Transportes Bertolini, associado da ATP, o evento marca o reconhecimento da Associação. “Este encontro torna a ATP não só conhecida como respeitada, porque debateu de forma concreta e definitiva alguns temas que são de necessidade para que se tenha mais produtividade e eficiência”, elogiou.
Após o debate, os associados confraternizaram o segundo aniversário da ATP com um almoço.
Joana Wightman
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