O ministro Helder Barbalho, da Secretaria de Portos da Presidência da República (SEP), decidiu enviar nesta segunda-feira (01/02) ofício a todos os portos do Brasil e entidades representativas do setor portuário pedindo maior rigor no combate aos criadouros do mosquito Aedes Aegypti, vetor de transmissão das doenças dengue, zika e chikungunya, entre outras.
O ministro Helder Barbalho inicia na próxima segunda-feira, dia 15/02, um tour pelos portos brasileiros para acompanhar pessoalmente as ações de combate à propagação do mosquito. O primeiro porto a receber a visita de Helder Barbalho será o do Rio de Janeiro, na segunda-feira, dia 15/02. O segundo porto será o de Belém, no dia 16/02. O ministro supervisionará ações de limpeza do terreno e de esclarecimentos sobre o ciclo reprodutivo do Aedes Aegypti, bem como as doenças que ele causa aos trabalhadores e servidores portuários. Nessa atividade a Secretaria de Portos contará com a ajuda de vários ministérios.
O documento assinado pelo ministro será enviado tanto aos portos públicos e quanto aos privados, e fará uma convocação de união de esforços de todos aqueles que trabalham no setor portuário brasileiro.
A estratégia da secretaria também buscará envolver as comunidades do entorno das áreas portuárias.
O combate ao mosquito já é uma ação feita rotineiramente nos portos brasileiros. Seguem alguns exemplos do que já vem sendo feito, em alguns casos desde 2014:
No Porto do Itaqui, no Maranhão, além de mutirão, já foi feita palestra nas dependências do porto por representante da Secretaria Municipal de Saúde para esclarecimento de dúvidas sobre prevenção e ensinamentos sobre como fazer armadilhas contra o mosquito da dengue a partir de garrafas PET.
O Porto de Manaus inseriu em seu site um pop-up com mensagem de combate ao Aedes Aegypti. Esse pop-up serve de link para mais informações sobre medidas de prevenção, doenças transmitidas por ele, sintomas e tratamento do zika vírus.
A Companhia Docas do Rio de Janeiro, distribui folhetos às embarcações para que elas façam a prevenção contra os criadouros do mosquito, além utilizar nas dependências do porto larvicidas e vaporização com produtos contra o inseto e de evitar o acúmulo de água.
Na Bahia, há a divulgação de cartilha na Internet e Intranet, por meio de mala direta para dirigentes, chefias e empregados, além de inspeção diária em busca de focos nos locais com maior risco.
A Companhia Docas do Pará trabalha em parceria com a Anvisa e com a Prefeitura de Barcarena. Também contratou uma empresa especializada que levanta os pontos críticos dentro das unidades portuárias, classifica e monitora os mesmos, além de fazer serviços de combate a vetores como o Aedes Aegypti.
Nos Portos de Paranaguá e Antonina, o Projeto Porto Escola ministra palestras sobre o tema, há divulgação de material informativo, inclusive nas ilhas.
O Porto de Itajaí, em Santa Catarina, promove campanhas com a comunidade e mutirões voluntários como o realizado para recolhimento do lixo disperso nas margens do rio Itajaí.
O Porto de Vitória realiza campanha permanente de conscientização e educação para funcionários e moradores da comunidade onde o porto está inserido.
A Companhia Docas do Rio Grande do Norte aciona fiscais da Anvisa constantemente para realizar inspeções sanitárias e conta com programa de controle e monitoramento de vetores, realiza aplicação de inseticidas em prédios e áreas adjacentes.
Em Pernambuco, o Porto de Suape tem um núcleo de prevenção da dengue e outras doenças relacionadas ao mosquito e uma extensa lista de ações. No Porto do Recife, uma empresa especializada combate o Aedes Aegypti e monitora as áreas de maior risco de proliferação.
No Porto de Maceió, são recolhidas semanalmente amostras para análise em laboratórios e está sendo preparado material de divulgação para o site do porto.
A Companhia Docas de São Paulo cobra a implantação obrigatória de Núcleos de Prevenção à Dengue por todas as arrendatárias, consignatárias e locatárias do Porto de Santos, sujeitas a sanções previstas em resolução da própria Codesp.
No Porto de Pecém, no Ceará, também há inspeções constantes aos locais mais vulneráveis.
Fonte: Secretaria de Portos
Joana Wightman
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